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Logo da Oi visto em loja de São Paulo — Foto: Paulo Whitaker/Reuters
A operadora de telecomunicações Oi informou nesta sexta-feira (6) que pediu à Justiça mais prazo para concluir seu processo de recuperação judicial, cujo prazo de supervisão termina em fevereiro de 2020.

O requerimento, apresentado à 7ª Vara Empresarial do Rio de Janeiro, sustenta que a prorrogação não traz mudanças para a situação atual do grupo não tem impacto quanto ao cumprimento do plano, nem em relação a créditos nem a eventuais novos recursos que forem obtidos.

“A continuidade de supervisão judicial ao fim do período de dois anos é uma medida natural que tem sido aplicada na maior parte dos processos de recuperação judicial”, argumentou a Oi.

A empresa afirmou no fato relevante que o plano está tendo bom andamento, já tendo concluído grande parte das etapas do processo, mas que há elementos complexos a serem resolvidos.

O documento afirma ainda que a empresas já começa a ter resultados operacionais e financeiros positivos, o que será acelerado a partir de 2020 e consolidado em 2021.

Último balanço

O prejuízo líquido consolidado da Oi, em recuperação judicial desde 2016, subiu para R$ 5,695 bilhões no terceiro trimestre, segundo dados divulgados na segunda-feira (2) pela companhia. O número representa uma alta de 250% nas perdas em relação ao mesmo período de 2018, quando houve prejuízo de R$ 1,335 bilhão.

A receita líquida da companhia de telefonia avançou 8,7%, passando de R$ 5,48 bilhões para R$ 5 bilhões. A receita no mercado brasileiro caiu 8,8%, para R$ 4,95 bilhões, afetada pela queda do tráfego de voz. Nas operações internacionais, o recuo foi de 8,5%, para R$ 46 milhões.