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Protocolado nesta sexta-feira, 9, o plano prevê a venda de imóveis não utilizados com educação para o pagamento das dívidas e que 90% dos credores trabalhistas receberão seus créditos integralmente

 

A Educação Metodista, mantenedora da Rede Metodista de Educação, protocolou, nesta sexta-feira, 9, seu plano de Recuperação Judicial na Vara de Direito Empresarial, Recuperação de Empresas e Falências de Porto Alegre. O plano prevê a venda de imóveis não utilizados em atividades educacionais para o pagamento das dívidas. Também garante que aproximadamente 90% dos credores trabalhistas receberão seus créditos integralmente.

A próxima etapa será a publicação do quadro geral de credores pelo administrador judicial. Na sequência, será realizada a Assembleia Geral de Credores para aprovação do plano.

“O plano de Recuperação Judicial tem como objetivo assegurar a sustentabilidade da instituição preservando a qualidade de ensino e os projetos e atividades sociais relevantes para a sociedade, como os atendimentos gratuitos nas áreas de saúde e direito”, afirma o diretor financeiro da Instituição, Maurício Trindade.

PROCESSO – Segundo a instituição, a crise teve início com a mudança nas regras do Fundo de Financiamento Estudantil (Fies) e se acentuou com o cenário econômico de recessão dos últimos anos. A pandemia de covid-19 agravou a situação da Educação Metodista.

A Educação Metodista ingressou com o pedido de Recuperação Judicial no dia 29 de abril deste ano junto à Vara de Direito Empresarial, Recuperação de Empresas e Falências da Comarca de Porto Alegre. As instituições metodistas acumulam dívidas calculadas em cerca de R$ 500 milhões, oriundas majoritariamente de passivo trabalhista, e uma parcela importante referente a dívidas com Bancos e uma parcela menor com fornecedores.

A Rede Metodista é integrada por 11 colégios e seis instituições de educação superior, com cursos de graduação, mestrado, doutorado e especializações no Rio Grande do Sul, São Paulo e Minas Gerais.