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Restoque (LLIS3) tem condições de retornar rapidamente à normalidade, amparada pelo pedido de recuperação judicial e pelo apoio dos credores. A afirmação é dos advogados que representam a empresa, e consta no pedido de homologação da recuperação, apresentado à 2ª Vara de Falências de São Paulo.

Na homologação, o escritório E.Munhoz Advogados, que representa a Restoque, lembra que a empresa 255 lojas próprias, além de distribuir seus produtos por meio de 31 outlets e 1.500 lojas multimarcas. A empresa afirma contar com 550 mil clientes ativos e deter 5% de participação no varejo de vestuário.

“Com todos esses ativos tangíveis e intangíveis, uma vez retomadas as operações de comércio, a Restoque poderá rapidamente voltar a operar um modelo de negócio saudável no longo prazo”, afirmam os advogados, na petição.

Acordo

Dona das marcas Le Lis Blanc, Dudalina e Rosa Chá, a Restoque anunciou a recuperação judicial na última sexta-feira (5). Também informou que fechou um acordo de recuperação extrajudicial com bancos e outras instituições do setor financeiro.

No fato relevante em que comunicou sua decisão, a companhia culpa o “notório impacto dos efeitos da pandemia de Covid-19 (…) sobre toda a economia, em especial sobre o setor de varejo”.

O plano envolve a renegociação de R$ 1,436 bilhão em dívidas, o que representa três quintos do que a companhia deve a instituições financeiras, segundo os documentos que divulgou. De longe, a Planner Trustee é a maior credora listada, com pouco mais de R$ 1 bilhão a reaver, referentes a debêntures das 7ª, 8ª, 9ª, 10ª e 11ª emissões.

A reação do mercado foi imediata. O papel fechou o pregão com um tombo de 10,23%, cotado a R$ 7,90.