A Oi encaminhou para o Juízo da 7ª Vara Empresarial do Rio de Janeiro um pedido de aditamento ao plano de recuperação judicial que foi aprovado pelos credores da companhia em dezembro de 2017, quando dívidas de R$ 64 bilhões foram reduzidas e parceladas no tempo, mediante compromissos assumidos pela tele.
Quase três anos depois, a operadora pretende realizar uma nova assembleia com os credores – prevista para ocorrer em agosto – para obter o aval para realizar mudanças importantes na estrutura da companhia.
O objetivo da Oi é criar quatro unidades produtivas isoladas (UPIs), estruturas que servirão para segregar os ativos e passivos de cada um dos segmentos de telecomunicações em que atua e, com isso, abrir caminho para a venda dessas unidades. As UPIs serão divididas entre redes móveis, torres, data centers e infraestrutura de fibra.
Os recursos obtidos com a venda dos ativos servirá para pagar dívidas remanescentes e levantar o recursos necessários para realizar os investimentos nas redes de fibra ótica, que são apontadas pela direção da Oi como o foco da estratégia daqui em diante.
“O aditamento ao plano de recuperação judicial busca permitir ao Grupo Oi viabilizar a execução de seu plano de longo prazo, com o equacionamento necessário da sua dívida, no contexto atual, e a continuidade de suas atividades”, descreve o comunicado oficial divulgado no fim da noite desta segunda-feira, que é assinado pela Diretora de Finanças e Relações com Investidores, Camille Loyo Faria.
O comunicado também cita que os aditamentos no plano vão permitir melhorar as condições de pagamentos dos credores, contratar novos financiamentos e facilitar obtenção de novos recursos, além de criar uma estrutura societária mais flexível.