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Dívida do Cruzeiro é separada nas classes trabalhista, quirografária, garantia real, microempresa/empresa de pequeno porte e moeda estrangeira

Cruzeiro atualizou lista de credores em recuperação judicialfoto: Staff Images/Cruzeiro

Cruzeiro atualizou lista de credores em recuperação judicial

 

Cruzeiro atualizou a lista de credores para o plano de recuperação judicial. O valor da causa é de R$ 537 milhões.

A dívida é separada nas classes trabalhista, quirografária, garantia real, microempresa/empresa de pequeno porte e moeda estrangeira.
Com relação aos créditos trabalhistas, a Raposa deve R$ 216,2 milhões.
A maior quantia em aberto é com o ex-atacante Fred (R$ 30,5 milhões). Em seguida aparecem o goleiro Fábio (R$ 20,7 milhões) e o zagueiro Dedé (R$ 18,8 milhões).

Veja o top 10

  • Fred (atacante) – R$ 30.588.511,12;
  • Fábio (goleiro) – R$ 20.706.715,00;
  • Dedé (zagueiro) – R$ 18.853.450,00;
  • Dodô (lateral) – R$ 18.214.678,16;
  • Léo (zagueiro) – R$ 10.725.121,87;
  • Thiago Neves (meia) – R$ 10.166.687,00;
  • Henrique (volante) – R$ 6.800.920,76;
  • Ariel Cabral (volante) – R$ 4.865.923,34;
  • Marquinhos Gabriel (meia) – R$ 4.462.252,83;
  • Manoel (zagueiro) – R$ 4.360.465,66
Em créditos quirografários – aqueles sem preferência na fila de pagamento -, o passivo geral é de 209,5 milhões.
O banco Bmg tem o maior montante a receber (R$ 37,3 milhões). Na sequência aparecem o Supermercados BH, R$ 28,8 milhões; e os jogadores Marcelo Moreno e Eugenio Mena – R$ 24,9 milhões e 22,5 milhões, respectivamente.

Veja o top 10

  • Banco Bmg – R$ 37.311.023,05;
  • Supermercados BH – R$ 28.827.538,42;
  • Marcelo Moreno (atleta) – R$ 24.985.483,00;
  • Eugenio Mena (atleta) – R$ 22.525.424,72;
  • Minas Arena – R$ 13.902.429,32;
  • Banco Mercantil do Brasil – R$ 9.998.976,58;
  • JMB Esportes e Organização de Eventos Ltda – R$ 5.023.416,67;
  • RR Sports Ltda – R$ 4.108.148,00;
  • Brazil Soccer Sports Management Ltda – R$ 3.864.329,83;
  • 4 Comm Marketing & Career Management Ltda 4 – R$ 3.300.000,00
Em garantia real, o Cruzeiro tem o Bmg como único credor: R$ 43,1 milhões.
Também existem pendências com microempresas e empresas de pequeno porte, na ordem de R$ 28.829.511,09; e em moeda estrangeira – mais de R$ 14 milhões na cotação atual.

Dívida do Cruzeiro

  • Créditos trabalhistas – R$ 216.283.243,87
  • Garantia real – R$ 43.199.000,00
  • Créditos quirografários – R$ 209.558.336,79
  • ME e EPP: R$ 28.829.511,09
  • Créditos quirografários (dólar): US$ 1.900.000,00 (R$ 14,2 milhões)
  • Créditos quirografários (euro): 60,5 mil euros (R$ 336 mil)
Valor aproximado: R$ 512 milhões

A informação do novo valor da recuperação judicial do Cruzeiro foi divulgada inicialmente pelo site ge.globo e confirmada pelo Superesportes, que teve acesso ao documento juntado ao processo da 1ª Vara Empresarial da Comarca de Belo Horizonte.

Prazo de recuperação judicial estendido

No dia 9 de março, a juíza Cláudia Helena Batista aprovou o pedido para estender por 180 dias o prazo da recuperação judicial da associação civil. Assim, a magistrada suspendeu as ações ajuizadas contra o clube.

“Entendo que a manutenção dos prazos de suspensão das ações de execução deve ser prorrogada tal como requerido, de modo a salvaguardar o princípio da preservação da empresa e não prejudicar o andamento do processo”, diz trecho da decisão.

A juíza negou os pedidos de credores para transformar a recuperação judicial em falência. Nesse último caso, todos os bens do Cruzeiro seriam leiloados, e o dinheiro arrecadado ficaria com trabalhadores e empresas com verbas a receber do clube.

Dívida

O Cruzeiro tenta repactuar o passivo de R$ 537 milhões. A dívida tributária, calculada em R$ 180 milhões, está sob responsabilidade da SAF e não entra no plano de pagamento.
Em dezembro de 2022, a Justiça suspendeu a Assembleia de Credores do Cruzeiro. Muitos reclamaram das condições oferecidas pela instituição, que pretende desconto de 75% em algumas negociações.

A SAF gerida por Ronaldo Fenômeno precisa destinar 20% de sua receita bruta anual à associação civil para o abatimento de todas as dívidas, que, no balanço de 2021, estava na casa de R$ 970 milhões.