Scandinavian Airlines (SAS) entrou em recuperação judicial, recorrendo ao Capítulo 11 nos EUA
A sueca Scandinavian Airlines (SAS) entrou voluntariamente hoje (5) com um pedido de recuperação judicial nos Estados Unidos (Capítulo 11), para avançar nas medidas de corte de custos e acelerar seu plano de reestruturação.
A companhia aérea espera obter financiamento adicional de até US$ 700 milhões (R$ 3,73 bilhões) para apoiar suas operações durante o processo de reestruturação. Segundo Anko van der Werff, presidente e CEO da SAS, a empresa havia alertado durante seus resultados do segundo trimestre, em maio, que uma ação legal poderia ser necessária se não houvesse progresso na reestruturação.
“O processo do Capítulo 11 nos fornece ferramentas legais para acelerar nossa transformação, ao mesmo tempo em que podemos continuar operando os negócios como de costume”, concluiu van der Verff.
O programa de recuperação, chamado do ‘SAS Forward’, foi apresentado em fevereiro e visa reduzir os custos em cerca de US$ 765 milhões (R$ 4,08 bilhões) e levantar US$ 968 milhões (R$ 5,16 bilhões) em novas ações para aumentar sua liquidez, além de converter aproximadamente US$ 2 bilhões (R$ 10,7 bilhões) em dívidas e notas híbridas em ações ordinárias para melhorar a sua solidez financeira e capacidade de competir, uma vez que necessita de se adaptar às novas tendências de viagens e fazer face às dívidas contraídas decorrentes da pandemia de covid-19.
A companhia aérea informou que os voos não serão afetados, apesar de cerca de mil de seus pilotos estarem em greve desde o último fim de semana. Eles pleiteiam melhores condições de trabalho e aumentos de salário, em meio a um caos aéreo que afeta brutalmente a aviação comercial europeia, provocado pela escassez de pessoal nos aeroportos.