Clube lida com dívida de cerca de R$ 50 milhões, bloqueios judiciais e atrasos de pagamentos
A situação do JEC está cada dia mais delicada. Dentro de campo, não há sequer o que disputar. Sem calendário e sem receita, o clube ainda nem começou a se organizar para a disputa da Copa Santa Catarina, competição que restou após ficar sem série no calendário nacional, mas nos bastidores as coisas andam bem movimentadas no clube.
Enquanto se estrutura com a comissão implementada ainda no ano passado para estudar a viabilidade de transformar o clube em SAF (Sociedade Anônima do Futebol), o clube continua com uma dívida de cerca de R$ 50 milhões, bloqueios financeiros e atrasos em pagamentos de salários e rescisões.
A mais nova movimentação foi o pedido de recuperação judicial feito pelo clube e que foi confirmada por membros de dentro do JEC. No entanto, a diretoria executiva não comenta o assunto até o momento. Sem receita, sem calendário e com bloqueios, as dívidas do clube só aumentam e essa foi a saída encontrada pela diretoria.
Porém, a medida pegou a todos de surpresa justamente pelas discussões recentes sobre a SAF e pelo momento político do clube. Em novembro, o JEC passa por eleições para presidência e diretoria executiva.
O presidente do Conselho Deliberativo, Darthanhan Oliveira, garante que o Conselho não foi consultado a respeito da decisão. “Nós sabíamos que havia uma intenção, mas isso precisa passar pelos Conselhos. No Estatuto não há essa prerrogativa, mas é um absurdo uma diretoria tomar uma decisão dessa, que compromete o futuro do clube, sem a consulta aos Conselhos. Isso é um desrespeito, uma vergonha. É uma questão de ordem legal, parece óbvio que isso precisava ser discutido internamente. Agora ainda estou vendo como agir como presidente do Conselho”, finaliza.
Agora resta aguardar a decisão da Justiça para saber os rumos do Joinville Esporte Clube.