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Com a chegada da pandemia, a dívida das empresas, que beirava R$ 1,4 trilhão disparou, com alta de mais de 27% desde fevereiro do ano passado

Algumas empresas conhecidas pelo público, principalmente pela presença em shopping centers, pediram recentemente recuperação judicial, que é quando a companhia avisa à Justiça que tem dívidas, mas não consegue pagá-las.

Nos últimos 30 dias, os pedidos de três marcas se destacam: TNG, que tem mais de 180 lojas e dívida estimada de R$ 65 milhões, a Le Postiche, com 140 lojas e dívida de R$ 140 milhões, e a Cavalera, com 11 lojas e dívida de R$ 11 milhões

Na avaliação do comentarista de economia da CNN Fernando Nakagawa, assim como aconteceu com muitas varejistas em meio à pandemia, essas redes não conseguiram fazer a transição para o mundo virtual, tão necessária em épocas de distanciamento social, para vender pela internet.

Mas o que está por trás desse movimento? Nakagawa explica que, com a chegada da pandemia, a dívida das empresas, que beirava R$ 1,4 trilhão disparou, com alta de mais de 27% desde fevereiro do ano passado.

“Muitas empresas não conseguiram fechar as contas, especialmente essas três varejistas, que, assim como outras, reclamam que as contas, sobretudo de aluguel de shopping e condomínio, não pararam de chegar”, diz.

A dívida alta das empresas com os bancos passa a ser ponto de atenção para economistas. “Se a economia não retomar com força, essa dívida pode começar a dar mais problema. E para a economia retomar, de fato, só com vacina no braço”, diz.

*Texto publicado por Ligia Tuon

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Foto: Cleber Rodrigues/CNN